poema


Origami


Dobra que dobra,
redobra.
Põe de pé,
puxa as pontas.
Não fica perfeito,
mas faz de conta;
um pouco torto, mas ninguém vê.
Não faz mal:
é só um pedaço morto
de folha de fornal.
Ficou largado
na gaveta.
Ao voltar,
as letras de papel terão voado.
Palavra mal guardada
acaba se tornando borboleta.



Flora Figueiredo

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