cuidado com o cheque especial
Nós sempre fazemos alertas aqui para os riscos de dívidas no cartão de crédito e no cheque especial. O grande problema é que os apelos comerciais das festas de fim de ano acabam aumentando consideravelmente os gastos, o que significa que as chances de passar da conta com essas duas modalidades de empréstimo aumentam.
Com o cheque especial o risco de cair numa furada é ainda maior, tendo em vista que muita gente acaba usando o crédito pela facilidade de adquiri-lo. A questão é que pouca gente faz a conta do quanto realmente custa essa facilidade. Para quem não sabe, o cheque especial tem uma taxa média de juros de 10% ao mês.
Para ter uma ideia do quanto isso é alto, é só fazer algumas comparações. A taxa básica de juros do país – Selic – por exemplo, está hoje em 11,25% ao ano. Isso quer dizer que se você tiver um investimento que acompanhe essa taxa, terá mais ou menos esse percentual de rendimento no período de um ano, enquanto o cheque especial vai te cobrar quase o equivalente a esse percentual todo mês em juros.
Uma outra forma de analisar o quanto esses juros são altos, é comparar com o rendimento do seu dinheiro na poupança. Pense bem nesta relação: de que adianta ter um rendimento de aproximadamente 0,5% ao mês na caderneta se você estiver pagando de volta ao banco 10% de juros todo mês em função do cheque especial?
Se você realmente precisa de dinheiro emprestado, é melhor estudar linhas de crédito mais baratas, como o empréstimo consignado por exemplo, que cobram entre 2% e 2,5% ao mês, aproximadamente. Se for uma situação pontual, analise se é necessário fazer um empréstimo ou se compensa resgatar a quantia necessária da poupança ou de algum outro investimento com boa liquidez, por exemplo.
Mais importante do que isso, analise a real necessidade deste empréstimo. Pegar dinheiro emprestado significa atrasar um pouco os nossos planos, pois as dívidas comem um dinheiro que poderia render para você. Sendo assim, a linha de crédito só é recomendada se o motivo for realmente importante e urgente. Se o dinheiro estiver curto somente em função das festas de fim de ano, controle os impulsos e corte os gastos. Não adquirir uma nova dívida já é um belo presente de Natal!
fonte:
Finanças Femiminas
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