Saúde
Enxaqueca: muito mais que uma dor de cabeça
Conheça as causas e sintomas e descubra como prevenir e tratar este distúrbio
A enxaqueca é um distúrbio neuro vascular crônico que atinge 15% da população brasileira e costuma provocar dores unilaterais e latejantes na cabeça, acompanhadas na maioria das vezes de náuseas, vômitos e intolerância a sons, luz e cheiros fortes.
Também chamada pelos médicos de migrânea, do grego “dor de um só lado da cabeça”, esta doença muitas vezes confundida com outras dores de cabeça, mas trata-se de um tipo de cefaleia incapacitante, que acomete as pessoas geneticamente predispostas.
A intensidade da dor de uma enxaqueca é extremamente incômoda. Mais frequente em mulheres, costuma aparecer pouco antes, durante e depois da menstruação, com duração de quatro até 72 horas, e, em casos extremos, com frequência diária, atrapalhando atividades familiares, sociais e escolares.
Quais são as causas
As possíveis causas ainda não foram descobertas, mas estudos demonstram que pacientes com enxaqueca apresentam um desequilíbrio de neurotransmissores no Sistema Trigêmino Vascular, que é responsável pelos fenômenos dolorosos relacionados à face e ao crânio.
Alguns hábitos e situações que comprovadamente desencadeiam as crises devem ser evitados, como: jejum, estresse, depressão, excesso de exposição ao sol, insônia ou sono prolongado, consumo de chocolate, queijos fortes, embutidos, glutamato de sódio, açúcar, adoçantes, café e bebidas alcoólicas em excesso, fumo, alterações hormonais e certos perfumes.
A manifestação da enxaqueca
Segundo o Dr. Mario Peres, neurologista do Hospital Israelita Albert Einstein, a crise de enxaqueca pode ser dividida em quatro etapas com sintomas distintos:
- Premonitória: Período anterior à dor de cabeça em que há o desejo por determinados alimentos, como chocolate, alterações de humor, cansaço, bocejos e retenção de líquidos;
- Aura: Período em que há alterações na vista como embaçamento, pontos ou manchas escuras na visão, linhas em “zig zag” e pontos luminosos que duram de cinco minutos à uma hora. Ocorre em 15 a 25% das enxaquecas. Fumantes que fazem uso de pílulas anticoncepcionais e têm este sintoma têm risco aumentado de sofrer acidentes vasculares cerebrais;
- Cefaleia: Período em que há sensação de dor de um lado da cabeça e latejamento que pioram com qualquer esforço físico, náuseas, vômitos e sensibilidade a barulhos, luz e cheiros;
- Resolução: Período de recuperação do organismo após a dor na cabeça que se caracteriza por intolerância a alimentos, dificuldade de concentração, dor muscular e fadiga.
Como saber se tenho enxaqueca
Não existem exames específicos para diagnosticar a enxaqueca. O diagnóstico é clínico, por meio da avaliação médica dos sintomas relatados pelo paciente, baseado no levantamento da história familiar e na análise de exames como ressonância magnética de crânio e eletroencefalograma.
Atitudes preventivas
- Não pule refeições;
- Evite alimentos e bebidas que possam provocar ataques de enxaqueca;
- Estabeleça horários para deitar-se e levantar-se e respeite-os, reserve um tempo adequado para o sono;
- Reserve algum tempo para o lazer;
- Procure não se estressar ou sofrer antecipadamente com situações cotidianas;
- Pratique exercícios físicos regularmente, trabalhe a respiração, faça alongamentos e atividades que não sobrecarreguem a musculatura do pescoço;
- Procure um fisioterapeuta e faça hidroterapia, tratamentos posturais, digito pressão e massagens
- Faça acupuntura ou tratamento com injeções de toxina botulínica, para o relaxamento dos músculos da cabeça;
- Procure ajuda de um psicólogo e faça psicoterapia cognitiva comportamental.
Como tratar
O tratamento para a enxaqueca é a mudança de hábitos do paciente de modo a evitar a manifestação das crises.
No momento da crise, para aliviar a dor, o médico pode indicar o uso de analgésicos comuns e alguns antidepressivos em doses baixas. Caso não haja resposta a esta terapia uma classe de drogas chamadas triptonas podem ser indicadas, mas fique atenta, pois este medicamento tem uso restrito, e o aumento progressivo das doses para o alívio da dor pode resultar no agravamento dos sintomas.
fonte:
http://www.dicasdemulher.com.br
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