ENEM
Escolas utilizam o Enem para definir notas dos estudantes
Colégio particular substituirá prova pelo exame
Para estimular que alunos participem e estudem para o Enem, escolas estão mudando aulas, currículo e até notas dos alunos com base no exame.
Um dos colégios de São Paulo, o Módulo, decidiu substituir sua prova final pelo exame do governo federal. Alunos do terceiro ano do ensino médio podem optar por "pular" a prova do terceiro trimestre, desde que façam o Enem e acertem 70% das questões, diz o diretor Wagner Sanchez.
O estudante do Módulo deve entregar os cadernos do Enem nos mesmos dias do exame para serem corrigidos pelo colégio, explica o diretor.
"Fazemos uma correção interna em cima do gabarito oficial, que sai em até 72 horas." O Enem vale até 50% da nota do trimestre na escola.
Já os colégios da rede Objetivo calculam a nota dos alunos levando em conta a pontuação em provas similares ao conteúdo do Enem.
Segundo a coordenadora Vera Antunes, os alunos passam por seis avaliações em cada bimestre: duas de cada matéria, duas avançadas -estilo Fuvest- e duas básicas, nos moldes do Enem. A média é a soma dividida por seis.
Segundo a coordenadora Vera Antunes, os alunos passam por seis avaliações em cada bimestre: duas de cada matéria, duas avançadas -estilo Fuvest- e duas básicas, nos moldes do Enem. A média é a soma dividida por seis.
TURMA DO ENEM
Em Ribeirão Preto, alunos de uma turma do COC assistem a aulas exclusivas para o Enem nas tardes de segunda a sexta. Conhecida como "Super Colegial", a classe custa mais que a tradicional.
No colégio Agostiniano Mendel, no Tatuapé (zona leste de SP), os professores fizeram uma revisão das provas do Enem durante 30 dias.
O pesquisador da USP Ocimar Alavarse critica o uso do Enem na nota dos alunos. Para ele, a escola que faz isso "abre mão da responsabilidade de avaliar o estudante" e age de "forma invasiva".
O pesquisador da USP Ocimar Alavarse critica o uso do Enem na nota dos alunos. Para ele, a escola que faz isso "abre mão da responsabilidade de avaliar o estudante" e age de "forma invasiva".
A pesquisadora Paula Louzano, da Fundação Lemann, considera que a influência do Enem é reflexo da pressão de pais e alunos. "O ensino já era muito dirigido pelo vestibular, só mudou de nome", afirma.
Neste ano, o Enem seleciona alunos para 105 mil vagas em universidades federais, como adiantou a Folha.
fonte: www.folha.uol.com.br/
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