Doce e Amargo




Tomei o livrinho da mão do anjo e o devorei, e, na minha boca, era doce como mel; quando, porém, o comi, o meu estômago ficou amargo. Apocalipse 10:10


Ah, e como foi doce! Ao escrever em 6 de outubro, o dia em que finalmente aceitou a data de 22 de outubro, Miller exclamou, no artigo de capa de The Midnight Cry, publicado em 12 de outubro: “Vi uma glória no sétimo mês como nunca antes.

 Embora o Senhor tenha me mostrado a importância típica do sétimo mês um ano e meio atrás [no artigo de maio de 1843], eu ainda não havia reconhecido a força dos tipos. […] Minha alma louva e agradece ao Senhor. Benditos sejam os irmãos Snow, Storrs e outros por seu papel em abrir meus olhos. Estou quase no lar. Glória! Gloria!! Glória!!! Percebo que o tempo está correto. […]

“Minha alma está tão cheia de alegria que mal consigo escrever. […] Vejo que estamos certos. A Palavra de Deus é verdadeira, e minha alma se enche de alegria. Meu coração está repleto de gratidão ao Senhor.


 Oh, como eu gostaria de gritar! Mas bradarei quando o ‘Rei dos Reis vier’. Parece que os ouço dizer: ‘O irmão Miller é fanático!’ Pois bem, chamem-me do que quiserem; não me importo; Cristo virá no sétimo mês e nos abençoará a todos. Oh, gloriosa esperança! Então eu O verei, serei como Ele é e com Ele estarei para sempre. Sim, para sempre e sempre!”
Nada foi mais doce do que a esperança do breve retorno de Cristo!


Todavia, Ele não veio. E quão amargo foi o desapontamento!
Em 24 de outubro, o líder milerita Josiah Litch escreveu de Filadélfia para Miller e Himes: “O dia é sombrio por aqui. As ovelhas estão dispersas, e o Senhor ainda não voltou.”
Hiram Edson relatou: “Nossas mais acalentadas esperanças e expectativas foram esmagadas e nos sobreveio um espírito de pranto como eu nunca havia experimentado antes. Parecia que a perda de todos os amigos terrenos não se compararia ao que sentíamos. Choramos e choramos até o raiar do dia”.


Um jovem pregador milerita chamado Tiago White escreveu: “O desapontamento com a passagem do tempo foi amargo. Crentes fiéis haviam deixado tudo por Cristo e compartilhado sua esperança como nunca antes. […] O amor de Jesus enchia cada alma […] e com desejo inexprimível oravam: ‘Vem, Senhor Jesus, vem logo’. Mas Ele não veio. E voltar então aos cuidados e perplexidades da vida, diante de toda a zombaria e de todos os insultos dos descrentes que escarneciam como nunca antes era uma prova terrível de fé e perseverança.”


A abertura do livrinho de Daniel foi verdadeiramente doce na boca, mas amarga no estômago.


 (Veja o Comentário da Lição da Escola Sabatina para hoje – clique aqui)


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